segunda-feira, 29 de julho de 2013

FOTOS


Clementino Matos, tio do Coronel Horácio de Matos


Horácio de Matos


Coronel Militão Rodrigues Coelho, imimigo ferrenho da Família Matos

Fonte: Imagens Google


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Horácio de Mattos... A morte...


Texto extraído na íntegra de blog: http://cangaconabahia.blogspot.com.br/2012/01/horacio-de-mattos-morte.html

Inclusive com a grafia usada na época.



Horácio de Matos... A morte...

16 de maio de 1931, no “A Tarde”:
Numa explosão de odio, um guarda civil mata tiros o cel. Horacio de Mattos, tradicional chefe sertanejo
Declarações attribuidas ao criminoso que não se arrepende do que fez
No Largo 2 de Julho fora um homem assassinado! E correu gente para o local. Phisionomias assustadas indagavam o nome da victima.

A reportagem policial d’A TARDE movimentou-se chegando ao local do crime minutos após. O facto se dera precisamente ás 7 horas e 30 minutos da noite. Uma onda enorme de curiosos fechava em circulo o cadaver do coronel Horacio de Mattos, tradicional chefe politico sertanejo. estava deitado de bruços sobre o leito da linha de bondes, que vae da rua Democrata, antiga do Hospicio, no local entre o Armazem Novo elegante e a rua do Areial de Baixo, tinha o pescoço retorcido, vendo-se com segurança um filete de sangue que escorria de sua bocca semi-aberta, onde brilhava uma fila de dentes de ouro.
Caído ao lado estava o seu chapéo de feltro, preto. A fio comprido, junto a sua mão direita, encontrava-se a sua inseparavel bengala de bastão de ouro.
Vestia um terno preto, tendo preso entre os botões do collete o seu relogio que marcava 7 horas e 40 minutos.
Desfigurado embora, na crispação da morte, reconhecemos a figura do coronel Horacio de Mattos.


Cadáver do coronel Horácio de Mattos
.
- E o criminoso?

Era a pergunta que faziam todos os presentes.
As hypotheses formuladas sobre a figura do autor da morte eram as mais desconcertadas.
De arma em punho, conseguira evadir-se ladeira do Areial a baixo, perseguido pelo clamor publico.


CHEGAM OS LEGISTAS
Com a chegada dos legistas Arthur Ramos, que se encontrava de plantão, e Estacio de Lima, aquelle perito de lapis e papel em punho procurou fazer ali mesmo um schema do local do crime e outros apontamentos para a descripção da perinecroscopia.
A camisa de listra do cel. Horacio de Mattos estava manchada de sangue no lado esquerdo, na altura do peito.
aberta a mesma constataram se dois ferimentos por bala um na ponta do mamillo, com a sua destruição e outra a 5 ou 10 centimetros mais a cima.
Neste momento, o delegado Tancredo Teixeira, que não se fizera esperar tomava todas as providencias necessarias, não só para a identificação do criminoso, como tambem a sua captura.
Varias pessoas apontavam como testemunhas do facto os emprgados do armazem Novo Elegante.
Um rapazinho de nome Gonçalo Braga levado á presença da autoridade, explicou
- Vi o assassino.
Era um homem alto , cheio de corpo, todo de escuro e chapéo de palha. Atirou contra o cel. Horacio de Mattos, de frente, fugindo em seguida, ladeira abaixo, de arma em punho.
Come sta declaração do rapazinho, mil conjecturas foram feitas pelos presentes.
O prof. Estacio de Lima, neste momento, providenciava a remoção do corpo para o Instituto Nina Rodrigues.
Do cadaver fora tirado um revolver “schimidt” com 6 balas intactas e a importancia total de 5:020$200.


COMO SE DEU O CRIME


A reportagem d’”A TARDE” avida por colher notas para o noticiario de hoje, interrogava os presentes.
Ninguem sabia ao certo como se dera o crime, mas affirmavam que o criminoso atirara de frente, com segurança, quando o cel. Horacio de Mattos passava em frente ao Areial de Baixo.
Ao longe, ficaram vendo-o tres moças e uma menor.
As moças eram as suas cunhadas Amerina, Ayda e Maria e, a menor, a sua filha Horacina.
Ao verem os disparos, aquellas moças entraram com a menor, apenas indo até junto ao corpo a de nome Amerina, a quem o guarda civil ali presente pediu que se retirasse.
O cel. Horacio de Mattos morava actualmente com a sua familia na residencia do seu compadre e amigo o ex-deputado dr. Arlindo Senna, á rua Accioly, 17.
Depois de ter jantado saíra para ver a sua cunhada de nome Arlinda que se encontrava doente.
Mal sabia que ali perto, na esquina da rua do Areial, a morte o esperava traiçoeiramente.


A PRISÃO DO ASSASSINO


- Foi preso o assassino! O assassino entregou-se á prisão!
Foram estas as primeiras palavras que se ouviu, quando o corpo do cel. Horacio era posto no caixão.
O delegado Tancredo Teixeira juntamente com algumas testemunhas do facto, dirigiu-se para a Secretaria de Policia.
O criminoso ia ser identificado.
Quem seria? Porque matara? era inimigo da sua victima ou agira sob alguma influencia extranha? Pairavam duvidas.
Emquanto isto o legista Arthur Ramos, de vela em punho, examinava o local do crime, procurando as capsulas das balas.
Chegada a caravana na Secreataria de Policia e conhecido o autor do crime, foi geral a estupefação. Era elle o guarda civil 97, Vicente Dias dos Santos, que servira ha dias na Delegacia da 2ª Circumscripção. Era tratavel com todos e tinha com comportamento.



Vicente Dias dos Santos - O assassino

Como explicar o caso?


Elle, entretanto, mostrava-se de uma calma apparente. De quanto em quando esboçando um leve sorriso, sorriso amarello, dizia:
- Foi um bandido que desappareceu...
O delegado Tancredo Gteixeira a esta sua primeira phrase, deitou-o incommunicavel.
- Era preciso - disse a autoridade - ia ouvil-o sob sigillo.


A CAUSA DO CRIME
Aquella determinação do delegado Tacredo Teixeira foi o bastante para augmentar a curiosidade de todos.
- Porque teria o guarda morto o cel. Horacio de Mattos?
No entanto, a reportagem da A TARDE assim que teve conhecimento do nome do accusado, desvendou todo o mysterio.
O guarda civil 97, pelo que parecia tinha um odio de morte do cel Horacio.
A ninguem elle negava a sua magua.
Conta o criminoso que a sua familia, que era de Morro do Chapéo, de onde é filho, foi bastante perseguida pelo cel. Horacio. Que o que elle fizera fora apenas “tirar uma fera do sertão”.
O cel Horacio de Mattos, proseguiu, de uma feita mandara espancar o seu irmão de nome Pedro Dias dos Santos, garimpeiro do cel. Aurelio Goudim. Que o povo de Horacio depredou fazendas do seu pae, denominadas “Alagoinhas” e “Duas Barras”, que fica no Morro do Chapeu. Que elle proprio fôra jurado pela gente da sua victima, não podendo ir áquelle municipio.
O crime não premeditara. Encontrava-se no local, accidentalmente, quando viu o seu inimigo passar.
Teve logo uma repulsa medonha, comettendo o crime e fugindo, indo esbarrar numa casa á rua da Gameleira, onde se entregou a Cicero Mullulo e o seu collega de n.27. A sua arma comprara por 40$ em mão deum soldado revolucionario.


QUERIA GARANTIAS DE VIDA
É do conhecido publico o modo porque foi preso o accusado. O sr. Olival Salles Pontes, empregado do Archivo criminal, conta que ao ver passar o acusado deu o alarma com um apito.
elle, porem, não se intimidou, e apezar de grande numero de pessoas que corriam ao seu encontro foi esbarrar na casa 17, á Gamelleira casa do sr. Eusebio dos Santos, onde procurou occultar-se.
Foi ali - disse a testemunha Cicero Mullulo que fui buscalo-o. Elle entregou-se a mim e ao guarda 27 sem a menor relutancia. Queria apenas que garantissemos a sua vida.
Chamado um auto de praça foi elle transportado para a Secretaria de Policia.
Alem do revolver, Vicente estava armado com um punhal que foi tambem entregue ao delegado Tancredo Teixeira.


A NECROSCOPIA


Pela manhã de hoje, foi procedido o exame de necroscopia pelos legistas Egas Muniz e Arthur Ramos.
Notaram logo elles tres orificios de entrada e dois de saída.
O primeiro orificio de entrada no 7° espaço intercostal esquerdo, a 4 centimetros á esquerda da columna dorsal; trajecto: transfixiando a massa pulmonar esquerda, lesando ligeiramente o ventriculo esquerdo, saindo ao nivel da região precordial (4° espaço intercostal esquerdo).
Segundo orificio de entrada na região axillar direita, atravessando o pulmão direito, lesando a aorta ascendente, e saindo na 3ª costella, fracturando-a ao nivel da articulação chondro-esternal, á esquerda. Hemorrhagia fulminante, 3 litros de sangue liquido e coagulos na cavidade pleural.
3° orificio de entrada ao nivel do acromio esquerdo, encontrando-se um projectio de chumbo (de revolver) encravado no omoplata esquerdo.
Em suma: foram 3 disparos de traz para diante e da esquerda para a direita. Morte por hemorrhagia fulminante, por lesão larga da aorta ascendente


QUEM ERA O MORTO


O cel Horacio de Queiroz Mattos era de côr branca, casado com d. Augusta Medrado de Mattos, negociante fazendeiro, era residente em Lençóes e encontrava-se nesta cidade preso sob palavra. Deixou cinco filhinhos menores Horacina, Tacio, Judith, Horacio e Ruth. O seu corpo, ás 12 horas de hoje, foi removido para a residencia do sr. Arlindo Senna.

http://cangaconabahia.blogspot.com.br/2012/01/horacio-de-mattos-morte.html


Coronel Horácio Matos

A morte do coronel dos coronéis


       Na noite de 15 de maio de 1931, Horácio Matos sai para passear com a sua filha Horacina de seis anos. O aguarda numa esquina, o agente policial Vicente Dias dos Santos que Diante de testemunhas, alveja o coronel, caudilho da Chapada, Governador dos Sertões com três tiros pelas costas. Covardemente o assassino foge deixando a rua em torno em pavorosa. Morre o coronel Horácio matos, o maior dos coronéis da Bahia. Pelo crime, o assassino é absolvido. Não revela seus mandantes. Pouco depois de ser solto sofre um atentado, do qual escapa. Entretanto, morre pouco depois, misteriosamente. Com a morte do coronel Horácio de Matos também morre o coronelismo no Brasil.

Foto: imagens Google

sábado, 23 de junho de 2012

O coronel negro: coronelismo e poder no norte da Chapada Diamantina (1864-1919)


Francisco Dias Coelho nasceu em Morro do Chapéu, no norte da Chapada Diamantina, ele teve de uma infância muito pobre, filho de agregados da Fazenda Gurgalha, era descendente de negros livres pelo lado paterno e de libertos pelo lado materno. A trajetória de vida de Dias Coelho coincide com as transformações pelas quais passou a região da Bahia no período compreendido entre o fim do século XIX e início do XX. Neste período, a pecuária extensiva foi substituída pelo garimpo de diamantes e posteriormente pela mineração de carbonatos, o que possibilitou o acúmulo de riqueza por parte de muitas pessoas de origem pobre, inclusive o personagem em questão. No Município de Morro do Chapéu um grupo de emergentes, enriquecidos pelo comércio de carbonatos e com aspirações políticas estabeleceram estratégias para conquistar o poder local e dominar a região. Dias Coelho era a maior expressão dessas pessoas, ascendeu econômica, social e politicamente, fundou o seu próprio grupo político, “os coquís”, e se tornou o mais influente coronel do seu tempo no sertão do médio São Francisco. O coronelismo com Dias Coelho foi exercido de forma diferente, o mandonismo, clientelismo e organização clâmica das famílias de proprietários, foi substituída pelo personalismo e a construção de uma imagem pública condizente com o que a população esperava de um governante, estas diferenças podem ser observadas no estilo de política adotado pelo mesmo. Construiu para si a imagem de bondoso, justo, diplomata e outros adjetivos que não são comuns quando se trata de coronéis do sertão baiano. Ao falecer, em 1919, havia implementado uma política diferente dos outros coronéis, era respeitado e continuadamente lembrado, porém, conviveu com o racismo presente na mentalidade das pessoas da Bahia na época.
                                                          
Moisés de Oliveira Sampaio  







 
                                                                               




O coronelismo


   


   O coronelismo foi uma experiência típica dos primeiros anos da república brasileira. De fato, essa experiência faz parte de um processo de longa duração que envolve aspectos culturais, econômicos, políticos e sociais do Brasil. A construção de uma sociedade vinculada com bases na produção agrícola latifundiária, desde os tempos da colônia, poderia contar como um dos fatos históricos responsáveis pelo aparecimento do chamado “coronel”. 
  No período regencial, a incidência de levantes e revoltas contra a nova ordem política instituída concedeu uma ampliação de poderes nas mãos dos proprietários de terra. A criação da Guarda Nacional buscou reformular os quadros militares do país através da exclusão de soldados e oficiais que não fossem fiéis ao império. Os grandes proprietários recebiam a patente de coronel para assim recrutarem pessoas que fossem alinhadas ao interesse do governo e das elites. 
   Com o fim da República da Espada, as oligarquias agro-exportadoras do Brasil ganharam mais espaço nas instituições políticas da nação. Dessa maneira, o jogo de interesses envolvendo os grandes proprietários e a manutenção da ordem social ganhava maior relevância. Os pilares da exclusão política e o controle dos grandes espaços de representação política sustentavam-se na ação dos coronéis. 
   Na esfera local, os coronéis utilizavam das forças policias para a manutenção da ordem. Além disso, essas mesmas milícias atendiam aos seus interesses particulares. Em uma sociedade em que o espaço rural era o grande palco das decisões políticas, o controle das polícias fazia do coronel uma autoridade quase inquestionável. Durantes as eleições, os favores e ameaças tornavam-se instrumentos de retaliação da democracia no país. 
   Qualquer pessoa que se negasse a votar no candidato indicado pelo coronel era vítima de violência física ou perseguição pessoal. Essa medida garantia que os mesmos grupos políticos se consolidassem no poder. Com isso, os processos eleitorais no início da era republicana eram sinônimos de corrupção e conflito. O controle do processo eleitoral por meio de tais práticas ficou conhecido como “voto de cabresto”. 
  Essa falta de autonomia política integrava uns processos onde deputados, governadores e presidentes se perpetuavam em seus cargos. Os hábitos políticos dessa época como a chamada “política dos governadores” e a política do “café-com-leite” só poderiam ser possíveis por meio da ação coronelista. Mesmo agindo de forma hegemônica na República Oligárquica, o coronelismo tornou-se um traço da cultura política que perdeu espaço com a modernização dos espaços urbanos e a ascensão de novos grupos sociais, na década de 1920 e 1930. 
   Apesar do desaparecimento dos coronéis, podemos constatar que algumas de suas práticas se fazem presentes na cultura política do nosso país. A troca de favores entre chefes de partido e a compra de votos são dois claros exemplos de como o poder econômico e político ainda impedem a consolidação de princípios morais definidos nos processos eleitorais e na ação dos nossos representantes políticos.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

domingo, 20 de maio de 2012

Coronelismo e Messianismo


Coronelismo e Messianismo

 



          Em 1934 morria em Juazeiro do Norte um "messias", também perseguido pela Igreja Católica, porém, ao contrário de Antonio Conselheiro, o Padre Cícero Romão Batista era um aliado dos coronéis do Vale do Cariri, que a partir de 1912 lutaram contra a política de intervenções do governo federal e derrubaram o governador Franco Rabelo.

 

Padre Cícero Romão Batista



                                                                 O MESSIANISMO



          Considera-se como movimento messiânico, aquele que é comandado por um líder espiritual, um "messias", que a partir de suas pregações religiosas passa a arregimentar um grande número de fiéis, numa nova forma de organização popular, que foge as regras tradicionais e por isso é vista como uma ameaça a ordem constituída.
          Esses movimentos tiveram importância em diversas regiões do país; no interior da Bahia, liderado pelo Conselheiro, em Juazeiro no Ceará, liderado pelo Padre Cícero, no interior de Santa Catarina e Paraná, liderado pelo beato João Maria e novamente no Ceará, sob comando do beato José Lourenço; somente foi possível devido a algumas condições objetivas como a concentração fundiária, a miséria dos camponeses e a prática do coronelismo, e por condições subjetivas como a forte religiosidade popular e a ignorância. Os grandes grupos sociais que acreditaram nos messias e os seguiram, procuravam satisfazer suas necessidades espirituais e ao mesmo tempo materiais.



O CONFLITO NO CEARÁ


          A Guerra que tomou conta do Ceará entre dezembro de 1913 e março do ano seguinte refletiu a situação da política interna do país, caracterizada pela disputa das oligarquias pelo poder. A vida política brasileira era marcada pelo predomínio de poucas famílias no comando dos estados; as oligarquias utilizavam-se da prática do coronelismo para manter o poder político e econômico.

          No início de 1912, a "Política de Salvações" do presidente Hermes da Fonseca atingiu o Ceará. A prática intervencionista acompanhada de um discurso moralizador serviu para derrubar a governador Nogueira Acciolly, representante das oligarquias tradicionais do estado, em especial da região do Cariri, no poder a quase 25 anos.

          Em abril do mesmo ano, foi eleito o coronel Franco Rabelo como novo governador do Ceará, representando os grupos intervencionistas e os interesses dos comerciantes. Rabelo procurou diminuir a interferência do governo federal no estado e demitiu o prefeito de Juazeiro do Norte, o Padre Cícero.




 
Padre Cícero e a sedição de Juazeiro



              O conflito envolveu, de um lado, o novo governador eleito, Franco Rabelo e as tropas legalistas, e de outro as tropas de jagunços comandadas por Floro Bartolomeu, apoiadas pelo padre Cícero e pelos coronéis da região do Cariri, contando ainda com o apoio do senador Pinheiro Machado (RS), desde a capital.

          O movimento armado iniciou-se em 9 de dezembro de 1913, quando os jagunços invadiram o quartel da força pública e tomaram as armas. Nos dias que se seguiram à população da cidade organizou-se e armou-se, construindo uma grande vala ao redor da cidade, como forma de evitar uma possível invasão. A reação do governo federal demorou alguns dias, com o deslocamento de tropas da capital, que se somariam aos soldados legalistas no Crato. Apesar de estarem em maior número e melhor armados, não conheciam a região e nem as posições dos jagunços e por isso a primeira investida em direção a Juazeiro foi um grande fracasso, responsável por abater os ânimos dos soldados. Os reforços demoraram a chegar e as condições do tempo dificultaram as ações para um segundo ataque, realizado somente em 22 de janeiro e que não teve melhor sorte do que o anterior. Com novo fracasso, parte das tropas se retirou da região, possibilitando que os jagunços e remeiros invadissem e saqueassem as cidades da região, a começar pelo Crato, completamente desguarnecida. Os saques tinham por objetivo obter armas e alimentos e foram caracterizados por grande violência.

          A última investida legalista ocorreu em fevereiro sob o comando de José da Penha, que acabou morto em combate.


 


             A partir de então, Floro Bartolomeu começa a organizar uma grande tropa de jagunços com o objetivo de ocupar a capital Fortaleza. Durante os primeiros dias de março, os jagunços ocuparam diversas cidades e as estradas do interior e se aproximavam da capital, forçando Franco Rabelo à renúncia no dia 14 de março.
          Dessa maneira, terminava a Política das Salvações e a família Acciolly retomava o poder. Floro Bartolomeu foi eleito deputado estadual e posteriormente deputado federal. A influência política do Padre Cícero manteve-se forte até o final da República Velha.

Morte do padre Cícero no dia 20 de julho de 1934 


domingo, 13 de maio de 2012

Lençóis - Bahia, terra de coronéis

Lençóis está localizada no centro do estado da Bahia, região centro-oeste da Chapada Diamantina na Serra do Sincorá, a 410 km da capital baiana. Foi palco de lutas históricas entre os coronéis Horácio Matos e Felisberto Sá. Lençóis hoje é uma cidade turística que sabe explorar a sua história e suas belas paisagens.


Casarios coloniais que fazem de Lençóis uma das cidades mais bonitas da Bahia
Foto: Cleonaide Moreira de Novais Ribeiro


Foto: Cleonaide Moreira de Novais Ribeiro


O autor do blog, Wagner Almeida Alves Ribeiro em frente o casarão que pertenceu ao coronel Horácio Matos


Foto: Cleonaide Moreira de Novais Ribeiro


Ruas estreitas que foram palco de lutas memoráveis e sangrentas

Foto: Cleonaide Moreira de Novais Ribeiro


Foto: Cleonaide Moreira de Novais Ribeiro

Casarão de Horácio Matos
Foto: Cleonaide Moreira de Novais Ribeiro


Foto: Cleonaide Moreira de Novais Ribeiro


Arquitetura colonial
Foto: Cleonaide Moreira de Novais Ribeiro

Centro Histórico tombado. Lençóis foi tombada  em 1973, é hoje Patrimônio Histórico Nacional
Foto: Cleonaide Moreira de Novais Ribeiro