domingo, 31 de julho de 2011

Voto de Cabresto

       Video que mostra de forma direta a história do coronelismo e o voto de cabresto que ocorria no Brasil no final século XIX. Na verdade esse voto de cabresto ainda ocorre em todos os estados brasileiros, isso explica a falta de alternância no poder e a permanência na política dos velhos políticos profissionais, dos velhos coronéis da oligarquia que a cada dia permanece mais forte na nossa política. O toma lá da cá é coisa constante nas eleições, políticos que troca favores e mercadorias em troca do voto do povo.
       Esse vídeo foi editado e estrelado pelos alunos da turma 203 da Escola Moura e Cunha do município de Guaíba -RS, no ano de 2010.

domingo, 24 de julho de 2011

Reedição do Livro Horácio de Matos, sua vida e suas lutas

Reedição do livro Horácio de Matos de Olympio Barbosa


        A reedição do livro “Horácio de Mattos – Sua vida e suas lutas”, de Olympio Barbosa, foi lançada em novembro, na Assembléia Legislativa, com a presença de familiares, admiradores do antigo coronel do sertão, sendo maciça a presença de autoridades, como secretários de estado, desembargadores, dirigentes de órgãos públicos, empresários, prefeitos da Chapada Diamantina, reitores e conselheiros dos tribunais de Contas do Estado e dos Municípios. Também presentes os representantes dos comandos militares baseados na Bahia e da secretaria Municipal de Educação, além de dezenas de deputados estaduais.
       Reverenciavam não só o coronel biografado, mas o seu neto, o ex-deputado Horácio Matos Neto, falecido este ano e principal entusiasta da obra, publicada originalmente em 1956. Cerca de 400 pessoas lotaram o saguão Nestor Duarte da Assembléia Legislativa para a solenidade que só acabou (a fila para os autógrafos) às 20h10, esgotando-se rapidamente os 500 volumes separados para o ato de lançamento. Na abertura do evento foi lido pelo mestre de cerimônias, Humberto Pinheiro, um breve histórico do biografado e dada a palavra a Heraldo Barbosa Filho, neto do autor, que destacou que o avô "fez questão de escrever com lisura a história de Horácio Mattos, de quem foi muito próximo."

FAMÍLIAS
       Heraldo Barbosa Filho, juntamente com o ex-deputado Horácio Matos Júnior, filho do biografado, autografou o livro em nome de seus familiares. As famílias Matos e Barbosa, as duas com raízes na Chapada Diamantina, estiveram em massa na solenidade, através de filhos, netos, primos, sobrinhos e parentescos intricados. Destaque para a presença também de Tácio Matos, ex-prefeito de Mucugê, e também filho do lendário coronel chapadista.
       O pronunciamento mais longo foi da filha de Horácio Neto, Tatiana, que fez um painel sobre os três protagonistas de "126 anos da era Horácio": "Meu bisavô, precursor, líder guerreiro, chefe político, coronel, servidor; o avô aqui presente, forte, valente, resistente às adversidades e resignado aos desígnios divinos, ex-deputado estadual e federal, conselheiro do Tribunal de Contas; meu pai, idealista, sonhador, generoso, leal, gregário, deputado estadual, falecido em 7 de julho". Durante a sua fala, Tatiana teve de controlar a emoção repetidas vezes, a exemplo de quando lembrou a obstinação do pai em publicar "todos os livros, poemas e cordéis que tratassem da história da sua família e da Chapada Diamantina."
       Ela aproveitou para pedir ajuda àquela região, que vem sendo consumida pelo fogo, "com uma das maiores queimadas que sofremos". Mostrando que as guerras entre as famílias locais só cabem nas páginas da história, ela clamou pelo trabalho dos brigadistas, "sejam eles Matos, Miranda, Medrado, Sá, Queiroz, Silva ou Militão". Horácio Júnior usou da palavra para fazer fervorosa oração por aqueles que partiram e os que continuam neste "mundo de expiações e resgate."
       O evento começou sem a presença do presidente da Assembléia, deputado Marcelo Nilo, que estava no Cemitério Bosque da Paz, num sepultamento. Mesmo assim, ele fez questão de chegar a tempo de falar naquele "momento especial". Ele ressaltou que Horácio de Mattos – Sua vida e suas lutas é o décimo livro publicado pela AL, num esforço para resguardar a memória da Bahia. Nilo anunciou que, até dezembro, outros 15 exemplares serão lançados e contou um pouco sobre esse trabalho, iniciado pelo ex-presidente Clóvis Ferraz, de editar e reeditar obras que falem sobre a cultura e a história do estado.

O LIVRO
       Jornalista, advogado e ex-deputado estadual, Olympio Barbosa foi testemunha dos fatos que narra. Ele conta detalhes da trajetória de Horácio, desde o início, na antiga Chapada Velha, distrito de Brotas de Macaúbas, até se tornar o homem mais poderoso de toda a Chapada Diamantina e o coronel regional mais prestigiado do estado. "Foi comerciante, delegado regional, intendente de Lençóis, proclamado senador e sempre coronel, pois chefe político no interior da Bahia", sintetizou a bisneta Tatiana.
       Depois de construir um império à frente de um verdadeiro exército, tendo chegado a combater a Coluna Prestes com o batalhão das Lavras Diamantinas, Mattos passou para a história ao optar pela solução pacífica e promover, com seu prestígio, o desarmamento do sertão, na década de 30 do século passado. Foi preso em Salvador e, ao ser solto, foi assassinado pelas costas, crime até hoje nebuloso.
      O lançamento reuniu no saguão Nestor Duarte muitos amigos do saudoso deputado Horácio Matos Neto, seguramente um dos mais populares que já integraram a Assembléia Legislativa, além de familiares e autoridades do Estado da Bahia. 

Coronelismo na Literatura Brasileira

       Como não poderia deixar de ser, a literatura brasileira foi pródiga nesse século em abrigar as façanhas e malvadezas dos coronéis. O mundo rural, violento e rústico, onde eles se moviam e se sentiam reis, mereceu copiosas descrições, e os "causos" em que eles foram participantes ativos viraram contos ou histórias dos romancistas e dos roteiristas das telenovelas brasileiras, quando não, os próprios coronéis tornaram-se personagens centrais da obra. É o caso do personagem central do romance "São Bernardo", obra clássica do escritor alagoano Graciliano Ramos, ou ainda o do "O Coronel e o Lobisomem" de José Cândido de Carvalho. Notáveis descrições do cenário em que eles viveram e lutaram, encontram-se no "Os Sertões" de Euclides da Cunha, e também no "Grande Sertões Veredas" de Guimarães Rosa. Numa situação onde o autor assume a identidade do coronel para registrar-lhes as impressões, encontra-se no "Memórias do Coronel Falcão", de Aureliano Figueiredo Pinto. O maior dos escritores brasileiros, Jorge Amado, abordou o tema coronelismo em todas as suas facetas nos seus romances do chamado ciclo do cacau, "São Jorge dos Ilhéus", "Cacau", e do mais conhecido deles, "Gabriela Cravo e Canela".
       Outro escritor, esse baiano, que escreveu sobre o tema com grande propriedade, foi  Walfrido Moraes com o seu "Jagunços e Heróis", onde ele fala da vida e das lutas do coronel Horácio de Matos, o autor  conheceu quando criança o coronel e foi tipógrafo mirim do seu jornal. Outro escritor que fala do coronel Horácio é Olympio Barbosa em "Horácio de Matos, Sua vida e suas lutas". O tema coronelismo é instigante e o mistério que ronda o tema, vai dar origem a outros livros, a outros filmes, que vão tentar nos mostrar um pouco mais sobre as histórias de lutas e de amor desses sertanejos que eram antes de tudo, "fortes".

terça-feira, 12 de julho de 2011

Horácio de Matos

Coronel Horácio de Matos


       Coronel Horácio de Matos, homem forte na política baiana, foi nomeado Delegado Regional da Zona Centro-Oeste que englobava os municípios de Lencóis, Palmeiras, Seabra, Barra do Mendes, Brotas de Macaúbas, Paramirim, Bom Sucesso, Wagner, Macaúbas e Piatã. Foi também intendente em Lencóis e Senador Estadual, e quando da penetração da Coluna Prestes na Bahia, recebeu ordens do então presidente Artur Bernardes para formar um batalhão e combater os revoltosos. Horácio cria o Batalhão Patriótico Lavras Diamantina e persegue Prestes e os revoltosos até as divisas da Bolívia.




quarta-feira, 6 de julho de 2011

A Chapada Diamantina

Mapa da Chapada Diamanina


       Região de serras, a Chapada Diamantina está situada no coração do Estado da Bahia, onde nascem quase todos os rio das bacias do Paraguaçú, do Jacuípe e do Rio de Contas. As correntes de águas brotam nos cumes e deslizam pelo relevo em belos regatos, despencam em borbulhantes cachoeiras e formam transparentes piscinas naturais.
       A vegetação  exuberante é composta de espécies da caatinga semi-árida e da flora serrana, com destaque para as bromélias, orquídeas e sempre-vivas. São tantas as atrações da Chapada Diamantina que se pode optar entre visitar grutas, tomar banho de cachoeira, fazer trekking em antigas trilhas de garimpeiros, montar a cavalo ou praticar esportes de aventuras.
       Caminhar respirando o ar puro e admirando as paisagens é a principal opção dos turistas de todas as partes que visitam a Chapada. Os lugares mais verdejantes sempre guardam uma surpresa com águas cristalinas ou areias coloridas. Belos morros, flores e hortaliças que encantam pela beleza e viço. O  ponto mais alto do Nordeste está na Chapada: o Pico do Barbado com 2.033 metros que se localiza no distrito de Catolés de Cima no município de Abaíra.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Coronel Militão Rodrigues Coelho

Coronel Militão Rodrigues Coelho

Coronel Militão Rodrigues Coelho

       Coronel Militão Rodrigues Coelho nasceu no povoado de Jordão, Brotas de Macaúbas, (atual município de Ipupiara) em  20 de Outubro de 1859 e morreu em Pilão Arcado em 08 de Novembro de 1919. Foi um político e coronel do sertão baiano e principal adversário da família Matos. Filho de Manuel Rodrigues Coelho e Norberta Olímpia Sodré Coelho, seu pai foi assassinado possivelmente por algum escravo.
       Foi casado com Maria Barreto Coelho, com quem teve cinco filhos, enviuvando, casou-se com Maria da Glória Sodré Coelho, com quem teve mais oito filhos. Dos treze filhos destacaram-se Adelino Rodrigues Coelho que foi intendente e Nestor Rodrigues Coelho, que foi prefeito de Brotas de Macaúbas.
       Militão contava com muito prestígio junto ao governador Antonio Moniz e conseguiu a emancipação de Barra do Mendes em 1917. Esse fato vai desencadear a inimizade com a famíli Matos. Horácio não vai aceitar a vitória de Militão e auxiliado pelo coronel João Arcanjo e seus jagunços, organiza uma investida sobre a próspera Barra do Mendes em 07 de janeiro de 1919. Militão resiste bravamente, mas os jagunços chefiados por Horácio de Matos usam de terror e muita violência, saqueando e incendiando casas e plantações. As famílias ficaram trancadas em casa com fome e sede e quem ousasse sair de casa para fugir ou tentar buscar alimentos e água, era abatida a tiros.
      Sem comida e sem água, Militão, aconselhado por José Joaquim Sodré, vulgo Zeca Sodré, aceita as condições impostas por Horácio, e se rende. Militão é expulso da cidade e acaba os seus dias abrigado na casa do coronel Franklin Lins de Alburqueque em Pilão Arcado. Militão, triste e ferido, morreu de saudade da sua terra querida. 

domingo, 3 de julho de 2011

Horácio de Matos, o Coronel que derrotou a Coluna Prestes

Oficiais de Estado Maior do Batalhão Patriótico "Lavras Diamantinas", que marchou sobre a Coluna Prestes, varando os sertões brasileiros até os limites com a Bolívia. Comandante em Chefe, coronel Horácio de Matos (sentado), e, de pé, os capitães Ezequiel de Queiróz Matos, Francisco Costa e Franklin de Queiróz.



A Coluna prestes cortava o Brasil, numa desvairada tentativa de arregimentar as massas camponesas para a causa da derrubada do governo de Artur Bernardes, percorreu 36 mil quilômetros, pelo país.
Sob o comando de Luiz Carlos Prestes, ex-integrante do tenentismo convertido ao comunismo, a Coluna cometeu um erro ao passar pela Bahia: matou dois parentes de Horácio de Matos.
Prestes tenta aliciar o coronel, mas este já organizara sob o patrocínio do Governo Federal, O Batalhão Patriótico "Lavras Diamantinas", os antigos jagunços eram agora homens de farda. Horácio era o comandante-em-chefe do Batalhão e sua campanha foi registrada em diário de campanha pelo Capitão-ajudante Franklin de Queiróz.
Tem início assim, a maior perseguição que a história brasileira já registrou. Horácio e seu Batalhão provocaram várias derrotas à Coluna, forçando-a a deixar o Brasil e penetrar as terras bolivianas, em fevereiro de 1927, sob o comando do tenente Procópio Sabino Diamantino. O coronel e todo Batalhão foi recebido depois como heróis por toda a Chapada Diamantina.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Chapada Diamantina - Bahia

   Palco de várias lutas pelo poder da região. Horácio de Matos, Manuel Fabrício, Douca Medrado, Militão Rodrigues Coelho, Felisberto Augusto de Sá, Heliodório de Paula Ribeiro, são alguns dos coronéis que fizeram das paisagens da Chapada, palco para suas lutas.
   Veja algumas paisagens dessa região que é uma das mais bonitas do Brasil e do mundo, a nossa querida Chapada Diamantina.

Coronelismo e o voto - Quem disse que não existem mais coronéis na política brasileira?


Este vídeo é a maior prova que o poder dos coronéis está mais presente do que nunca na política brasileira. Políticos que usam e abusam dos seus poderes para amedrontar a população e fazer valer a sua autoridade. Voto de cabresto ainda é realidade na nossa sociedade, ele explica a perpetuação de alguns políticos nos diversos cargos eletivos.

Coronelismo na Chapada


Documentário selecionado para a Jornada Internacional de Vídeos - Coronelismo na Chapada
Vale a pena assistir